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Dialogo com Probacionistas

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  Faze o que Tu queres há de ser tudo da Lei.  Probacionista A : Como podemos provar que vencemos a dispersão?  Frater J : Pesquisar é muito importante, estudar é fundamental, dentro do esquema da Santa Ordem, claro. Mas qualquer mergulho fora do roteiro do currículo, seja qual grau for, não importa, será dispersão. Tudo que foge do cumprimento do seu juramento.  Frater H : Por isso não respondo um monte de coisas por aí, mas vocês, probacionistas, são livres pra fazerem o que quiserem. Porém, responda, ó probacionistas, qual a natureza dos poderes do seu próprio ser? E não me venham com chorumelas.  Soror P : Gente, vamos conceituar direitinho. Ordálios são de natureza espiritual, sempre. São provas iniciáticas de natureza desconhecida, visto que a grande maioria deles são cegos. Mas o ordálio do probacionista não é cego… É a dispersão!  Frater J : E a maneira de vencê-la é através da persistência e foco no trabalho do grau. Não adianta tentar enganar a dispersão com inúmeros trabalho

Ética em Thelema e a prática da autotranscendência

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  "Faze o que tu queres há de ser tudo da lei."       Thelema desperta o interesse de estudiosos e buscadores espirituais, especialmente quando o tema é sobre moral e ética. Neste texto, explorarei os princípios morais em Thelema, como Yama e Niyama ao analisar a prática da autotranscendência que permeia a filosofia thelêmica. Para compreendermos a abordagem thelêmica à ética, é importante considerar as informações fornecidas pelo Blog da Abadia de Thelema Het Heru. No artigo "O Debate sobre Ética em Thelema, Frater Epifron explora as diferentes perspectivas e discussões em torno da ética em Thelema, destacando a ênfase na Verdadeira Vontade e na autodeterminação responsável. Também utilizarei como base o artigo "Ética em Thelema", onde Frater H418 aborda os princípios de Yama e Niyama em Thelema. Esses princípios, originários da tradição iogue hindu, são reinterpretados dentro do contexto thelêmico, enfatizando a busca pela harmonia entre a vontade pessoal e a

A Esfera da Sensação

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  A Esfera da Sensação:  Asana - Scrying e/ou Viagem Astral - RmP - Assunção à Forma Divina  Escrevi esse breve texto tendo como objetivo mostrar que as práticas mais simples podem ser as que mais contribuirão para sua caminhada. Às vezes, seu instrutor pode lhe passar uma tarefa que pode parecer a coisa mais besta do mundo, mas quando estudamos mais a fundo, percebemos a importância de cada ato, mesmo que em sua superfície não pareçam tão importantes ou interessantes de se realizar. Irei falar brevemente sobre alguns assuntos que possuem relação com a Esfera da Sensação como a Viagem Astral, ou Viagem na Visão Espiritual, que é uma prática indispensável na vida do Magista e possui diversas utilidades, citando aqui uma delas:  É precisamente o Inconsciente - ou uma parte dele - que pretendemos colocar sob nosso controle consciente quando praticamos "Viagem Astral". - Marcelo Ramos Motta  Mas antes de nos aprofundarmos um pouco no assunto e suas diferenças, temos que entender

Deslumbramento: um agente contra-iniciação

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  Escrevo mais uma vez aos probacionistas e àqueles que estão com o propósito de iniciar seu percurso na Santa Ordem. A maioria dos meus textos endereçados a esse público, parte de observações que faço de instruídos e instruídas, irmãos e irmãs de linhagem, e também do que vejo publicado nas redes sociais. Não são à toa e nem por mera especulação.    Quem me conhece sabe o quanto bato na tecla sobre as armadilhas do deslumbramento no trabalho espiritual na A.A. Posso afirmar que não há ninguém, ninguém mesmo, que em algum momento, não tenha se esbarrado com o deslumbre, portanto, o objetivo deste ensaio é destruir os castelinhos de areia construídos sobre o deslumbramento.   “Meus adeptos se mantêm erguidos; suas cabeças acima dos céus, seus pés abaixo dos infernos.” (Liber Tzaddi, v:40)   Sempre pego no pé dos meus instruídos e instruídas sobre focar nas tarefas e práticas do próprio grau. Não é uma tentativa de restrição, longe disso, mas por ausência de uma aplicação adequada ao mo

Aquilo que permanece

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  Este texto é destinado àqueles que por algum tempo têm se aprofundado nas práticas do caminho, dissolvendo couraças e também acumulando dúvidas dadivosas e teorias práticas. Àqueles que pela experiência sabem que o caminho é profundamente solitário e, embora você receba ajuda ocasional de caminhantes mais experimentados e ao longo dos anos sirva de mais experiente para mais novos, de toda forma sabe que a trilha é única, pessoal e cheia de desvios e desvãos. Para esses aspirantes, quero “sulear” o foco que depois de muito burilar, trabalhar e despir se: resta aquilo que permanece.   As coisas devem ser aceitas e bem vindas de forma natural e consequente, até porque elas são em essência algum fruto, ou quem sabe uma nova semente.   Toda ideia ou necessidade de reconhecimento alheio dentro do trabalho espiritual é fruto de uma ilusão, daquela do qual sonhamos ser populares, referências,   insubstituíveis, no sentido de uma engrenagem perfeita, porém note que: todo sucesso enquant