Dialogo com Probacionistas
Faze o que Tu queres há de ser tudo da Lei.
Probacionista A: Como podemos provar que vencemos a dispersão?
Frater J: Pesquisar é muito importante, estudar é fundamental, dentro do esquema da Santa Ordem, claro. Mas qualquer mergulho fora do roteiro do currículo, seja qual grau for, não importa, será dispersão. Tudo que foge do cumprimento do seu juramento.
Frater H: Por isso não respondo um monte de coisas por aí, mas vocês, probacionistas, são livres pra fazerem o que quiserem. Porém, responda, ó probacionistas, qual a natureza dos poderes do seu próprio ser? E não me venham com chorumelas.
Soror P: Gente, vamos conceituar direitinho. Ordálios são de natureza espiritual, sempre. São provas iniciáticas de natureza desconhecida, visto que a grande maioria deles são cegos. Mas o ordálio do probacionista não é cego… É a dispersão!
Frater J: E a maneira de vencê-la é através da persistência e foco no trabalho do grau. Não adianta tentar enganar a dispersão com inúmeros trabalhos e recursos intelectuais, achando que assim estará “somando” para Grande Obra, pois na realidade só estará a alimentando a dispersão.
Frater H: A Santa Ordem não é feita de opiniões. Tudo deve ser verificado, observado, mensurado. Por questão de opinião que vemos tantos Mestres de Templo surgindo por aí. Se opiniões não passam pelo crivo da razão, são bobagens.
Soror N: Antes de perguntar sobre as mais diversas práticas, pergunta primeiro como está o seu trabalho como probacionista. Quantos registros estão no seu diário. Se você não pratica você está disperso. A virtude da persistência é que vencerá os ordálios da Dispersão e da Inércia.
Probacionista B: Os estudos e práticas fora do currículo é sempre sinônimo de dispersão?
Soror P: O estudo deve estar sempre em paralelo com as práticas. A dispersão é o estudo e a prática daquilo que ainda não está no momento certo de ser feito.
Frater J: Esse tipo de pessoa possui muitos interesses e pouca inibição. Em seu melhor eles podem criar ordem a partir da confusão e em seu pior eles podem não aproveitar as coisas e experimentar um amargo fracasso por causa de seus tão variados interesses. Eles podem desviar os outros de seu caminho para a dispersão e desperdício de energia. Palavras e atos são desordenados, a confusão se torna o padrão, e a dispersão se torna ordem. Uma completa inversão de valores.
Frater H: O estudante pode ler o que ele bem entender, a questão é: o seu estudo está alinhado com o trabalho que deve ser feito neste momento? A Verdadeira Vontade é fruto de percepções que implica para o probacionista descobrir qual a natureza dos poderes do seu próprio ser. Como para o neófito é obter a visão do SAG e por ai vai. Essa é a base para os estudos e práticas.
Soror N: Muitos não aguentam a ansiedade e se arvoram em enganosos encontros, acredito que os juramentos dos graus demonstram a estrutura e a seriedade do trabalho a ser seguido.
Probacionista C: Por onde começo em descobrir o juramento?
Soror N: Pela persistência e ouvindo seu sentimento, porque “eles não sentem”. Por essas e outras que falar de Verdadeira Vontade genericamente é parte da equação.
Soror P: Essa confusão em descobrir o que é Verdadeira Vontade é muito comum, e não apenas no probacionato, viu? Assim como o ordálio da dispersão também continua nos acompanhando pelo caminho. A diferença é que já temos consciência dela, e vou dizer que mesmo tendo a consciência de nossos ordálios, ainda sim, vencê-los é uma tarefa difícil, mas enriquecedora.
Frater J: É importante sempre lembrar, que para ter essa vivência, antes precisamos adquirir Consciência para isso e o processo para se alcançar essa Consciência é a realização da Grande Obra de cada grau.
Frater H: Então, vivam o desejo de vocês, ‘façam amizade’ com o ego de vocês. Educando-o e não o anulando ou reprimindo seus desejos, pois tanto o desejo quanto o ego educado serão grandes aliados no equilíbrio das forças e no centro da cruz dos Elementos.
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