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Mostrando postagens de janeiro, 2021

A NATUREZA E O SER

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  A natureza e o Ser Venho refletindo sobre estar consciente daquilo que Sou. Difícil obter um controle sem saber o que preciso controlar. Vejo que é um passo a passo, que se inicia com a inquietação de querer ir além daquilo que se enxerga ao redor, do que se vive. Quem sou eu? O que sou eu? Opero no plano físico, através do meu corpo, dos meus sentidos, das minhas percepções. Observador que interage com o mundo, age e reage de acordo com a interpretação, muitas vezes falha, daquilo que ele vive. A maneira como tudo é percebido gera as reações, e as próximas reações afetam as próprias percepções. Como sair dessa roda invisível, mas tão presente? A auto-observação traz um olhar atento para que as coisas possam começar a sair do automatismo, da mecanicidade. Agimos, vivemos, sobrevivemos, porém de uma forma instintiva. Mesmo os atos que parecem ser escolhidos, muitas vezes são fruto da corrente que nos arrasta. Observar atentamente nos traz o autoconhecimento. Conhecer a...

O CAMINHO DE TAU

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O caminho de Tau Buracos na Terra e Socos pelo Ar A primeira Grande Obra a ser conquistada por um Aspirante a Santa Ordem é descobrir a chave que abre o portal do Reino ou Malkut. Com a chave em mãos, ele começará a construir a base de sua pirâmide, e é só após estar com essa base preestabelecida, que ele poderá atravessar o portal. Malkut, então, se torna o destino àqueles que tiveram sua visão desbloqueada pelas fagulhas de luz que passaram a iluminar o caminho. Tudo começa a se tornar real e a percepção da realidade assusta. Ainda que o tato naturalmente se sobreponha dentre os cinco sentidos do corpo humano não há mais porque tatear, mesmo que agora seus pés consigam sentir a textura da terra sob eles. Nesse momento a visão precisa ser o sentido mais exercitado: sabemos que bater o dedo mindinho do pé na quina de um móvel é uma das dores mais insuportáveis, e por que não evitar isso?  Assim como a sensação da terra é real, o invisível aos olhos físicos também passa a ser. Acess...

A MUDANÇA FUNDAMENTAL

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A mudança fundamental Vontade Os aspectos que compõe uma “Linhagem” da Santa Ordem da A.’.A.’. variam com aquele(a) instrutor(a), que em determinado momento iniciou a disseminação dos ensinamentos, renovados por sua própria percepção. Efetivamente, no Brasil, Marcelo Ramos Motta, Frater Adjuvo, foi não só o pioneiro da divulgação de Lei de Thelema de maneira sistemática, mas continuador de duas Ordens que são veículos de disseminação da mesma: a A.’. A.’. e a O.T.O conforme sua obra de 1962 Chamando os Filhos do Sol. No caso da Santa Ordem da A.’. A.’. Frater Adjuvo deixou algumas percepções que lhe são próprias, fazendo com que se distinguisse de outros instrutores. Hoje falaremos sobre a percepção da Mudança Fundamental. A primeira vez que tomei contato com esta visão foi em 1982, quando fui recebido como Probacionista pelo próprio Motta. Depois de um pequeno introito ele foi enfático em dizer duas coisas. A primeira foi que há um erro muito comum de alguns pensarem que o Caminho da ...

A TAL DA SIMPLICIDADE...

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  A tal da simplicidade... Quando li pela primeira vez sobre o Taoísmo, fiquei encantada, mas ao mesmo tempo confusa. Meu primeiro contato com ele foi através do livro “Wu Wei- A arte de viver o Tao”, que um amigo na ocasião me recomendou. Na época, há uns quatro anos ou mais, eu estava iniciando meu contato com diversos assuntos, e minha compreensão de muitos deles era muito básica e superficial. Além de tudo eu sempre fui muito racional, tentando entender as coisas por meio de explicações e teorias, e com o Taoismo não foi diferente. Grande erro meu... Ao ler diversas coisas nesse livro, muitas delas eu achava que compreendia, e quando me deparava com frases como “pensar sem pensar”, “agir através da não ação” eu simplesmente “travava”. “Como assim?” – pensava eu... “Como posso pensar em algo sem pensar nele?” Eu não compreendia o que aquilo queria dizer, e passava algum tempo presa em pensamentos circulares tentando explicar para mim mesma o que seria aquilo. Foi aí qu...