FIAT LUX
Este é o meu fragmento de verdade, hoje. Eu o compartilho com você, para que possa, se quiser, identificar-se conscientemente com o Sol, e dar asas à sua consciência para que ela voe para além das fronteiras do Velho Aeon e veja a Glória do Novo Aeon. Você pode escolher a hora e o lugar para fazer essa transição, para deixar o Velho e passar para o Novo, mas uma vez que você tenha aprendido ali, você pode atravessar a fronteira quando e onde quiser. Esteja ciente de que esse momento mágico, é a hora em que acessamos nossa própria Luz e bem-estar, em nosso coração, de dentro para fora.
Na prática do Liber Resh, ao concentrarmos nossa atenção na Luz do Sol, deixamos de ver a Terra, mas isso não significa que a Terra desapareceu. O que parecia ser o planeta é apenas um ponto em nosso campo de visão, um ponto de referência para nós, e sabemos que a Terra está sempre lá, mas é apenas parte do Espaço do qual somos agora conscientes. É importante ter a percepção de que como o Sol é o planeta símbolo d’Ain Soph Aur, estas invocações são, portanto, invocações a Ain Soph Aur, a Luz pura, incriada e eterna, Nuit.
Na luz desta nova consciência, para ser completamente desperto, não basta somente identificar-se com o Sol, é preciso se identificar com a mãe de todas as luzes, do qual o Sol é somente uma partícula. A Verdade está atrás da ilusão, a verdadeira natureza das coisas, é a Luz. Ao se identificar com a Luz, a mãe do Sol se torna sua mãe também. Com esta nova consciência, os símbolos da natureza ganham um significado mais profundo. Você é capaz de compreender como as estações do ano realmente expressam a jornada do Sol, e como a história do mundo é apenas a história do Sol, e como todos os mitos e lendas são apenas diferentes aspectos desta única verdade. Você percebe que a religião do Velho Aeon, apesar de sua aparente verdade, na realidade era uma religião da morte, uma religião que celebrava a morte do Sol, a morte do homem, a morte da natureza, uma religião que dizia: “Em sua Morte, o Sol dá a Vida”. Mas você sabe agora que isso é uma mentira, e que a verdade é o contrário: “Em sua Vida, o Sol dá a Vida”. Você compreende a religião do Novo Aeon, uma religião da vida, uma religião que celebra a vida do Sol, a vida do homem, a vida da natureza, uma religião que diz: “Em sua Vida, o Sol dá a Vida".
O Ritual do Liber Resh vel Hélios está intimamente relacionado à teosofia, sendo compreendida como o estudo oculto da natureza, dos seres e dos mundos. A esse propósito, essa prática foi elaborada de forma a se conectar com os quatro elementos e com as quatro potências do mundo físico. Nessas adorações, o adepto tanto reconhece quanto clama pela essência de seu parceiro divino neste mundo, seja ele feito de fogo, ar, água ou terra. Essas essências, na verdade, podem ser percebidas como as quatro armadilhas e obstáculos ao conhecimento da verdade última e absoluta. Através da prática regular das adorações, o adepto habitua-se a reconhecer em seu parceiro divino essas armadilhas ocultas que dificultam o seu progresso rumo à perfeição espiritual. Ao reconhecer essas armadilhas, o praticante libera-se dela, gerando a força necessária para se locomover para além, rumo ao conhecimento supremo.
Rá, Hathor, Tum e Khephra, deidades destinadas à evocação para os adeptos da A∴A∴, embora sejam chamados de deuses, nada mais são que as diversas faces da mãe divina, invocadas como forças inspiradoras nas diversas etapas da Grande Obra. Conforme a máxima hermética, “Tudo está em Tudo”, todas as entidades chamadas de deuses são uma só, a Grande Mãe, com diversas formas para a realização da Grande Obra. No entanto, cada uma representa uma etapa específica na Grande Obra. A pedra dos sábios é a própria mente cósmica, onde está escondido o tesouro sagrado. É a síntese de tudo, o conhecimento absoluto, a verdade suprema. A Grande Obra é o caminho que conduz à iluminação, ao conhecimento de Ain Soph Aur, à unidade com o Deus eterno. Liber Resh é o quarto exercício prático da A∴A∴, ele é o exercício diário de adoração aos quatro elementos, à Mãe Divina, à Grande Obra.
Frater Demiurgus.
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