Sobre o Juramento do Probacionista
Sobre o
Juramento do Probacionista
Olá a todos, 93.
Muitos que ingressam na Santa Ordem da A.·.A.·., em seu afã
de começarem logo o seu trabalho, cujo fogo de palha tende a terminar cerca de
no máximo duas semanas depois, talvez pudessem evitar isso, por uma leitura
atenta do juramento e da Tarefa do Grau de Probacionista.
Comecemos pelo Juramento do Probacionista. A maioria lê e o
assina, sem refletir sobre o que está à volta do Juramento, aquelas 12 palavras
dispostas nos quatro cantos do documento dispostas em trio, que, quando
traduzidas, não nos permite uma reflexão mais profunda.
Note-se que no original temos Liberty (Liberdade), Life
(Vida), Light (Vida) e Love (Amor). Continuando temos Power (Poder),
Putrefaction (Putrefação), Perception (Percepção) e Passion (Paixão).
Finalmente temos Destiny (Destino), Death (Morte), Darkness (Escuridão) e
Debauch (Devassidão, Orgia, Deboche).
Intrigado com isso em seu período de probacionista, Euclydes
Lacerda de Almeida buscou a orientação de Motta a respeito, que lhe disse que
essas palavras representavam a evolução do probacionista, partindo do
Guph/Nefesh (Destiny (Destino), Death (Morte), Darkness (Escuridão) e Debauch
(Devassidão, Orgia, Deboche), passando pelo Ruach - Power (Poder), Putrefaction
(Putrefação), Perception (Percepção) e Passion (Paixão), até o Neshamah -
Liberty (Liberdade), Life (Vida), Light (Vida) e Love (Amor).
Por outro lado, Motta explicou ao Euclydes que são doze
palavras, que podem ser associadas às 12 cartas zodiacais do Tarot, mandando
que ele fosse analisar cada uma das cartas, associando a palavra chave, dada
com uma interpretação reservada da
mesma. Obviamente, uma outra tarefa logo foi imposta pelo instrutor ao seu
probacionista sobre a natureza dessas três letras muito além de pisar sobre os
lírios, uma alusão àquilo que o próprio Motta nomearia como “Mudança de
paradigma fundamental”.
Ainda no Juramento há um profundo compromisso:
Primeiro uma resolução : “obter um conhecimento científico da
natureza e dos poderes do meu próprio ser”. Que é o trabalho iniciado no grau
de probacionista sobre o qual o mesmo se debruça e dedica todos os seus
esforços, com aquele desejo e aspiração para no momento correto encontrar sua
Gnose.
Uma petição: “Que a A.·.A.·. coroe a obra, me conceda a Sua
sabedoria na obra, me permita compreender a obra!” De maneira ainda muito
rudimentar o candidato passa a explorar em sua natureza a aproximação da
egrégora Thelemita, e de como esses novos compromissos e práticas irão reverberar
interiormente dentro dele. Sempre importante frisar que Thelema não é o único
caminho, entretanto, para se compreender e receber a sabedoria da A.·.A.·. é necessário uma capacidade
exercitada de silêncio, confiança em seu instrutor, aquele mais velho que irá
testemunhar dores e alegrias, e obviamente esvaziar a taça de pensamentos
prévios.
Finalmente, o compromisso: “Reverência, dever, simpatia,
devoção, assiduidade, confiança eu trago à A.·.A.·. e que em um ano a partir
desta data eu possa ser admitido ao conhecimento e conversação da A.·.A.·.!”
Esse compromisso é importante porque uma vez assinado o juramento, certas
naturezas irão se excitar no candidato, geralmente: descaso, escusas,
antipatia, indiferença, ausência e desconfiança. Por isso todo e qualquer
juramento é uma ato diário.
Note que o Juramento está falando de “conhecimento e
conversação da A.·.A.·., não de Visão e
Conversação com o Sagrado Anjo Guardião. Perceba que é distinta a diferença: na
primeira sentença fica claro que a A.·.A.·.
é representada pelo seu instrutor ou superior, aquele que por já ter tido uma
prévia experiência pode lhe evitar falsos caminhos. Muitos Probacionistas logo
que entram, não se conformam em ater-se ao seu grau (não é questão de
restrição, mas de necessidade, não
adianta construir a laje, se nem foram feitas as fundações) e buscar as
entrelinhas. Há muita informação, assim que passa despercebida. Toda Grande
Obra é feita de preparo, de alicerces, de detalhes que são também em outra
medida “Pequenas Obras”. Não se engane o probacionista ou qualquer um na ilusão
de obter a Visão e Conversação do
Sagrado Anjo Guardião, sem antes conseguir por exemplo responder em poucas
palavras, Qual a natureza e os poderes do seu próprio ser?
Forte abraço
93,93/93
QVIF 196
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