Porque o Livro da Lei é foda!
Porque o Livro da Lei é foda!
Sinto me na obrigação de externar aqui pra vocês um causo, certa vez me perguntaram: para quem está interessado em Thelema e só ouviu por alto e gostaria de aprofundar mais, qual obra você indica?Sempre respondo: “Você já leu o Livro da Lei?”. Muitos acreditam que, por se tratar de uma leitura complexa, um grimório cifrado de encantamentos e correspondências gemátricas anunciando uma nova febre sobre os céus, a palavra silenciosa e a chave dos novos rituais, pode ser uma leitura muito confusa para quem nunca leu nada sobre Thelema, correto?
Sim, correto; é por isso mesmo!!!
Caro leitor, caso você já tenha lido o Livro da Lei te convido para uma viagem no tempo. Procure se lembrar da primeira vez que você pegou esse livro, seja ele físico ou digital, se lembram da sensação que a primeira leitura causou? Sensação no corpo? E a advertência do comento? Um misto de sentimentos? Pois é né...Então, só um livro sagrado ou foda provoca isso, podemos até admitir a não sacralidade de Liber AL afinal nem todos podem assim o considerar, eu o considero), mas sim, ele é foda!
No livro Equinócio dos Deuses , que é um apêndice do Magick , lançado no Brasil na década de setenta por Marcelo Ramos Motta (que recomendo efusivamente e encontrado facilmente tanto em documento eletrônico quanto físico - eu recomendo a edição física) tem o Gênesis Liber AL, onde Crowley comenta os fatores que o levaram a uma experiência que culminou com a recepção e descrição do Livro da Lei; por isso recomendo a leitura desta obra: existem alguns pontos interessantes a serem levantados para quem a leu. Eu disse recepção e descrição ao invés de escrita, isso porque o próprio Crowley admite que a escrita do Livro não é dele, ele não teria nem a capacidade nem o recurso discursivo para aquela escrita, que para ele possuia uma prosa truncada e esteticamente estranha para o seu gosto (obviamente isso pode ser fruto de uma estratégia Crowleyana a fim de criar uma mitologia acerca daqueles dias 8, 9 e 10 de abril de 1904 que abalaram o mundo).
Não sou muito adepto das teorias de que Rose Keely, sua esposa na época, teria recebido a mensagem e sendo depois apagada da história por seu marido, nem tão pouco na história de ser uma obra espírita ditada pela entidade praeter humana Aiwass: sabemos que houver preparações, rituais e uma grande operação mágicka que rechaçam pelo menos a versão de psicografia espírita. Farei aqui ainda uma homenagem a Rose Kelly, a primeira mulher escarlate, que teve um papel fundamental em toda essa história e que de certa forma sofreu um leve apagamento histórico.
Hoje sabemos, para corroborar a história de uma possível mitologia, que a Estela da Revelação ou a Estela do museu de Boulaq nunca foi 666, dentre outras coisas. Uma certeza é que Crowley deixou o Livro na gaveta por cinco anos, estivesse talvez incrédulo sobre o conteúdo, ou se preparando estudando minuciosamente para depois expor ao mundo a filosofia e sistema mágicko de Thelema. Existem algumas coincidências que assombraram Crowley, eventos profetizados em Liber AL que afetaram a todos nós e em particularmente a ele; a título de curiosidade vou elencar alguns.
No capítulo III de Liber AL, que corresponde ao personagem Ra Hoor Khuit e à visão do Homem da Terra, podemos ver em muitos comentários do próprio Crowley um tom bastante apocalíptico visto que Ra Hoor Khuit é um deus de guerra e vingança (assim a mudança para o Aeon de Hórus), deveria ser de luta interna e externa. Convulsões sociais e guerras eram esperadas; Crowley então, de certa forma, via o advento profético do livro, principalmente do capítulo III, ligado a ordálios (provas iniciáticas) pessoais como a perda de sua filha na Abadia de Thelema na Itália e aos futuros conflitos descritos no texto. Há estudos a respeito e para aqueles que quiserem se aprofundar sugiro a obra Aleister Crowley
and the Western Esotericism (Martin Starr); algum dos conflitos foram: Guerra dos Balcãs, Primeira Guerra Mundial, Guerra Sino Japonesa e a Segunda Guerra Mundial. Outra questão é o verso trinta e quatro do capítulo III:
“Mas o vosso local santo ficará intocado através dos séculos: embora com fogo e espada ele seja
queimado e destruído, ainda assim uma casa invisível lá permanecerá, e continuará até a queda do
Grande Equinócio; quando Hrumachis se erguerá e aquele da dupla baqueta assumirá meu trono e
lugar. Outro profeta surgirá, e trará febre fresca dos céus; outra mulher despertará a lascívia e
adoração da Cobra; outra alma de Deus e besta se misturar-se-a no sacerdote globado; outro sacrifício manchará a tumba; outro rei governará; e não mais serão derramadas bênçãos Ao Senhor místico com cabeça de Falcão!”
No dia 23 de dezembro de 2015 bombeiros foram chamados pois avistaram fogo na Casa de Boleskine, que era a casa de Crowley e Rose Edith na época da escrita do livro; particularmente este que vos escreve não prefere levar as coisas por um ponto de vista tão literal assim, e convenhamos: tudo é perecível e transitório, por isso nada vou comentar a respeito.
Para mim o Livro da Lei tem uma importância sagrada porque ali de forma profética está contida uma mensagem para a humanidade revelando assim um caráter libertário universal, um guia ou um roteiro de Magick para os thelemitas e, por fim, um grimório de encantamentos pessoais usado por Crowley.
“O Livro anuncia uma Nova Lei para a Humanidade. Ele substitui as sanções religiosas e morais do
passado, que foram destruídas por toda parte, por um princípio válido para cada homem e mulher no
mundo, e que é evidentemente irrevogável em si.”
(Excerto da Nota Introdutória de Al, Equinócio dos Deuses)
Em sua abrangência universal e profética vemos ali a Lei do forte que justamente é a Lei da Liberdade, ideais lançados naquele febril abril de 1904 que ressoam até hoje: uma mensagem clara que o tempo de sacrifício e morte do deus sol agora dava vez à criança coroada e conquistadora, essa criança é alegre, jocosa e, claro, também prega suas peças; essa criança somos nós assim como os deuses moribundos e as deusas férteis, todos são parte em parte de nós; Thelema abarca a totalidade das fórmulas, usando o que é bom e expurgando o que não é de nós, por isso agora “Todo homem e toda mulher é uma estrela”, ”Todo número é infinito; não há diferença”, ”Vinde a mim é uma palavra tola; pois sou Eu que vou”. Os
paradigmas agora são outros; a iniciação pode até seguir seu curso natural, porém é necessário que o regente reclame sua “terra” e assim se prepare para os conflitos internos:
“Escolhei uma ilha: fortificai-a!”, e acima de tudo: “Faze o que tu queres há de ser tudo da
lei”.
Na segunda perspectiva temos um roteiro Mágicko para os aspirantes que trilham o caminho Thelemita. Crowley nos diz que esta Obra se trata também de uma fonte de encantamentos mágicos, sem falar de passagens iniciáticas em cada um dos capítulos a cada hora modificando o ponto de vista, da escrita e obviamente do leitor. Assim, em um momento o discurso é para os homens e mulheres da Terra, em outro para os amantes e num distinto momento para os eremitas. Essa reflexão nos levará sempre para uma possibilidade trina de percepções de nossas naturezas. Eu mesmo testei alguns encantamentos de versos ali para o meu uso pessoal e todos se provaram ser extremamente eficientes sejam como invocação magicka ou até mesmo mantras que carregam um enorme poder magnético; observei sucessos utilizando a tradução em língua portuguesa entretanto devo admitir que o poder deles em inglês se multiplica, talvez pela sonoridade das palavras e combinação de letras os resultados são bem mais robustos; deixo abaixo alguns desses encantamentos e encorajo que todos descubram os próprios como um exercício íntimo:
Adoração de Nuit ‒ Liber AL I:61
Adoração de Hadit ‒ Liber AL II:6-7
Banimentos dos Elementos ‒ Liber AL I:44
Invocação dos Elementos ‒ Liber AL II:62
Maldições do Liber AL III:49-60
Adorações do Liber AL III:37,38
Obviamente deixarei a imaginação de vocês fluir solta aqui, não há intenção alguma de instrução - meu ponto foi apresentar os encantamentos.
Há ainda um terceiro aspecto a ser considerado. Liber AL é o grimório mágicko de Crowley, ou seja, a produção de um adepto, por mais que ele não reconheça sua autoria; porém essa dicotomia desaparece quando tomamos o ponto de vista de Aiwass, o verdadeiro autor, “ser” o Sagrado Anjo Guardião dele. Pelos mesmos motivos que elenquei anteriormente sobre o vasto repositório de encantamentos há também a figura de linguagem do Livro que em vários momentos dialoga não só com o leitor mas com aquele que o escreve, dizendo que “em certos momentos é inútil resistir a pena que está em suas mãos”. O Livro ali ganha um ar bem pessoal e não de forma abrupta e muito bem estruturada Crowley elaborou alguns comentários sobre o Liber AL. Alguns são explícitos como o comentário velho e o novo, e
recheou em outras obras passagens muito pertinentes. O estudo destes é algo sobre o qual todo interessado em Thelema deve se debruçar. Assim o trabalho se mostra como o grimório pessoal de todo adepto; porém, no caso do Crowley, deduzimos que ele foi alçado ao grau de Magus para profetizar uma nova palavra, uma nova fórmula mágicka. Obviamente depois ele voltou ao seu tipo de trabalho e se preparou por longos anos para de fato alcançar esse grau de Magus - obviamente isso é uma suposição que eu adotei.
Muito do Livro da Lei pode e deve ser estudado e absorvido em seus comentários, se acham também com alguma facilidade na internet e devo dizer que é um estudo para a vida. Dos comentários do Livro da Lei aqui indico o The commentaries of AL: Being the Equinox volume V, no. 1 ou o famoso Equinócio do Motta lançado em 1975 publicado com ineditismo na época; encontra-se facilmente na internet. Nesta obra se encontra o comentário Novo, que é mais maduro e tem comentários de Motta sobre os comentários de Mestre Therion, uma vez que só Crowley tem a autoridade necessária de comentar sua própria obra - afinal aqueles que discutem o conteúdo deste Livro devem ser evitados por todos, como focos de Pestilência.
Não existe lei além de Faze o que tu queres.
Amor é a lei, amor sob vontade.
Força e fogo são de nós
H418
OPUS 666 Ou A Outra História de Aleister Crowley (Breve biografia não autorizada) Por Jadson Lima Marreiro
ResponderExcluirOPUS 666
Ou
A
Outra História
de
Aleister Crowley
(Breve biografia não autorizada)
Por
Jadson
Lima
Marreiro
Aleister Crowley nasceu na região (condado) de Warwickshire na Inglaterra no ano de 1875 na Rua Clarendon Square, n. 30, em Royal Leamington Spa, no condado de Warwickshire, Inglaterra, entre as 11h00 da noite e meia-noite do dia 12 de Outubro de 1875
e faleceu em 1947 e Fez da Magia uma forma de religião, filosofia e Ciência; veio de um berço cristão e família abastada; seu pai logo ficara rico por causa de uma cervejaria de linhagem das família dos Crowley. Aos 11 anos Aleister Crowley perde seu pai para um câncer de língua [ o qual fez o menino ficar chateado[, pois ele descobrira os segredos dos Irmãos de Plymouth,] mas sua mãe o chamava de “A Pequena Besta” [ou o Pequeno chifre] quando na Universidade atribuiu a si o nome de Aleister [pseudônimo no lugar de Alexander] fora matriculado na escola da igreja, mas foi expulso das aulas da irmandade por tentar ou seduzir um aluno; cursando filosofia na Universidade de Cambridge até se envolver nos estudos de esoterismo nessa época de sua vida fora acusado de espionagem misteriosamente e fazia viagens a outros países. Trocara o curso de Filosofia por Língua Inglesa. Estudando a Moral Cristã mais via suas contradições que faziam entrar em antagonismos e desprezar a religião ou as religiões “monoteístas”(estas praticamente) dentre outras fanáticas que na verdade só servia para prender as pessoas com as palavras de restrições; era místico, xadrezistas, escritor de poesias de erotismo e alpinista quando com 20 anos; era um amante das drogas e dos prostíbulos; ele era bissexual, multissexual e pan sexual concordantemente e praticava magia sexual thelêmica criada assim por ele através da Magick ou Magick Sexual thelêmica ou Tântra thelêmico; era obstinado por sadomasoquismos e ménage à troi. Fora apresentado a Ordem Hermética da Aurora Dourada por Julian L. Baker que o apresentara a George Cecil Jones que era cunhado e membro deste e que fazia parte da irmandade ocultista: a Aurora Dourada.
Referencias bibliográficas: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/a-vida-e-os-estudos-de-aleister-crowley-mago-do-ocultismo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aleister_Crowley
https://www.dicio.com.br/abastado/
Os Três Tipos de Thelema por Motte Inperdurabel-Jadson Lima Marreiro
ResponderExcluirOs Três Tipos de Thelema
Por
Motte Inperdurabel-Jadson Lima Marreiro
Existem três tipos de Thelema:
A Filosofia Thelêmica,
A Ciência Thelêmica
e
A Religião Thelêmica.
A Filosofia Thelêmica é a vivência da Escritura “ O Livro da Lei” deixado por Hórus-Aiwass a Crowley que redigira em 08,09,10 de abril de 1904.
A Ciência Thelêmica é a Magick sexual Thelêmica, ou seja, o ato sexual com a arte, ciência e magia da vontade com as leituras do livro da lei e que quando terminado o livro da lei de ser lido e junto dele executar ‘práticas mágicas e mágickas’ respectivamente.
Religião Thelêmica: tem em seu profeta Aleister Crowley e em seus discípulos que serão os apóstolos da Nova Era, da Era de Aquário e de Hórus que urgentemente a partir da Igreja Thelêmica Gnóstica Caótica que foi criada nos meios virtuais da internet no grupo de Nome ‘Igreja Thelêmica Gnóstica Caótica’ no Facebook, desta forma é que por meio desta Igreja Virtual podem os Thelemitas trocar informações e reanunciar o Éon de Crowley e de Thelema.